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Iniciativas das paróquias agostinianas beneficiam centenas de famílias

Ações que alimentam o corpo e o espírito

A Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil, tem intensificado as diversas ações solidárias que desenvolve, mobilizando-se em iniciativas para prestar assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Além da Evangelização, que chega aos lares por meio das redes sociais, toneladas de alimentos e gêneros de primeira necessidade já foram arrecadadas pelas paróquias, além de produtos de higiene e limpeza, e produção de máscaras. As doações, fruto da solidariedade de tantas pessoas, são entregues para centenas de famílias que passam por dificuldades em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Um esforço para amparar e cuidar de quem mais precisa.

Em uma das regiões mais empobrecidas de Minas Gerais, o Vale do Jequitinhonha, os freis Jeferson Felipe Gomes da Silva Cruz, OSA, Leandro Santos de Carvalho, OSA, Pablo Gabriel López Blanco, OSA, e Renato de Freitas, OSA, da Paróquia Santa Cruz, de Chapada do Norte (MG), têm desenvolvido diversas ações. Entre elas, a doação de cestas básicas e o atendimento a cerca de 850 famílias. Também foram produzidas máscaras para o hospital Dr. Badaró Junior e para a comunidade. E, em parceria com diversas entidades e com pequenos produtores rurais, doaram também produtos da agricultura familiar. Os freis também se revezam nas transmissões das missas, momentos de oração e programas formativos por rádio e redes sociais.

O Frei Jeferson Felipe destaca que o desafio maior é mobilizar parcerias e apoio. E que as doações fazem muita diferença na qualidade de vida das famílias. “Para muitos é a garantia de alimentação básica, sobretudo, para as famílias migrantes que não puderam se deslocar para os habituais trabalhos nas fazendas de café no sul de Minas e São Paulo, e para as famílias dos autônomos”.

Em Belo Horizonte (MG), a Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia já doou mais de 500 cestas básicas. Também estão doando refeições e cobertores para pessoas em situação de rua. . O Frei Alexandre Escame, OSA, ressalta que há alguns anos a comunidade, por meio da Pastoral Social, assumiu o compromisso de auxiliar famílias da Vila Cemig, na região do Barreiro, e  que agora estão intensificando as ações. “Estamos atendendo às comunidades indígenas, os moradores de rua e pessoas que nos procuram no dia a dia. Os pedidos por ajuda aumentaram, mas todos os dias recebemos doações de alimentos, roupas e cobertores. Creio que durante esse período nossos fiéis estão ainda mais comprometidos com as necessidades e urgências de nossos irmãos e irmãs.”

A Paróquia Cristo Redentor, também em Belo Horizonte - região do Barreiro -, conta com uma rede de seis comunidades que, junto com a matriz, atendem inúmeras famílias por meio da Pastoral Social, Pastoral da Criança e grupo de Vicentinos. Nesse período, a paróquia também intensificou as transmissões de Missas, Terço, adoração e catequeses para continuar levando um conteúdo evangelizador de qualidade para as pessoas. Só em uma das redes sociais da Paróquia, as postagens alcançaram quase 100 mil visualizações nos últimos meses. O pároco, Frei Rodrigo Antônio de Jesus, OSA, comenta que neste momento difícil, de incertezas, as pessoas buscam Deus pelos meios possíveis e, nesse sentido, as transmissões pelas redes sociais têm ajudado. Disse também que há uma preocupação em aprimorar os meios de comunicação com os fiéis, pois nem todos têm acesso ao conteúdo digital, principalmente os idosos. Acho que ainda que temos uma certa fragilidade em nos comunicar por esses meios, estamos aprendendo”.

Cinquenta famílias são atendidas por mês pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Bragança Paulista (SP), com a doação de aproximadamente 1.500 quilos de alimentos. À frente das iniciativas estão os freis André Ricardo Zago, OSA, e Gilberto Bezerra Feitosa, OSA. A paróquia tem promovido  ações que estimulam as doações, como os eventos  Amor de mãe, amor ao irmão, em maio; o Tapete solidário de Corpus Christi, em junho, e o Escapulário na fé e na doação, em julho. As entregas, feitas nas casas, são também oportunidade para visitar as famílias e promover a evangelização. “A igreja tem que estar aberta também a acolher. Fechadas estão as portas, mas os serviços continuam de outra forma”, ressalta o Frei André.

Responsável pela Área Pastoral São Miguel, São Gabriel e São Rafael, também em Bragança Paulista (SP),o Frei AlbertoCarlos Gonçalves de Oliveira, OSA, conta que tem acompanhado de perto as cerca de 25 famílias necessitadas da região e que as pessoas da comunidade estão se mobilizando para ajudar, dando uma grande lição de apoio e solidariedade não apenas material, mas também humana e espiritual. “Já tivemos a oportunidade de entregar mais de 200 cestas básicas, abençoando as famílias com esses alimentos.” 

Por meio do grupo de Vicentinos, a Paróquia Nossa Senhora das Graças, do bairro Marechal Hermes, no Rio de Janeiro (RJ), doa alimentos mensalmente para 70 famílias cadastradas. Com o apoio dos paroquiamos e de comunidades parceiras, nos últimos meses, esse número passou para mais de 300 cestas. O Frei Haroldo Moreira Filho,OSA, ressalta que a comunidade é sempre muito participativa e que nesse tempo de pandemia as pessoas estão ainda mais sensíveis às dificuldades dos outros. "Estes momentos mais difíceis são também oportunidade de colocar o Evangelho em prática com pequenos e grandiosos gestos. E as pessoas que estão cheias do amor de Deus o transbordam em gestos concretos de doação, vendo como um privilégio e uma bênção poder ajudar.”

Na Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia, do bairro Engenho Novo, no  Rio de Janeiro (RJ), mais de 4000 quilos de alimentos foram arrecadados e doados para as famílias carentes. Outras iniciativas são a entrega de kits com material de higiene e enxoval para gestantes; de material de higiene e refeições para as pessoas em situação rua; e a orientação de assistente social às famílias. “Há um esforço para que possamos fazer pastoral no cuidado com a vida. Tenho motivado os agentes a manter sempre o afeto pastoral por meio de vídeos, mensagens, ligação telefônica e ajuda mútua. A Pastoral da Comunicação tem nos ajudado a divulgar os pedidos e, assim, as pessoas têm doado os alimentos”, disse o Frei Emerson Carlos Silva, OSA.

No Mato Grosso, os freis Davison Bertuce de Souza, OSA, Danilo Gomes de Almeida, OSA, e José de Jesus Saraiva, OSA, da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, de São Felix do Araguaia, arrecadaram quase 400 quilos de alimentos, entregues para 25 famílias. Também têm feito atendimento de confissão, bênção e direção espiritual. O Frei Danilo conta que essas ações têm contribuído muito com as pessoas, porque vão além da ajuda material. "O nosso trabalho é amparar cada família reafirmando que estamos unidos a elas neste período difícil. O que motiva a comunidade e a paróquia a realizar essas ações é o espírito evangélico, pois a prática cristã deve ser baseada na prática da caridade, que é o amor."

Sem as atividades presenciais nas paróquias – medida para conter a pandemia do coronavírus -, os freis estão levando a evangelização até os lares por meio de transmissões pelas redes sociais, contribuindo para que cada pessoa possa vivenciar sua fé, especialmente nesse momento em que todos devem permanecer por maior tempo em suas casas.

São pequenas e grandes ações que alimentam o corpo e o espírito.

26 jun
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