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[Vídeo] Live Inquieta traz importante reflexão sobre a dimensão da solidariedade e do serviço

Repensar a solidariedade: opção pelos pobres, economia e ecologia integral, foi o tema da Live Inquieta do dia 23 de outubro, promovida pelo Secretariado de Animação Vocacional e Juvenil da Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil. Um momento muito especial de reflexão com a participação do Frei Paulo Henrique Cintra, OSA, da Fraternidade Santo Dias, de Diadema (SP); do Frei Tailer Douglas Ferreira, OSA, da Fraternidade Santo Tomás de Vilanova, de Belo Horizonte;  e da Irmã Ana Paula Assis, da Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, de Salvador (BA). 

Perguntas como: O que é ser solidário? Por que a pandemia nos fez repensar a solidariedade? Qual experiência solidária mais marcante vivenciada neste tempo da pandemia? E qual as relações entre opção pelos pobres, economia e ecologia integral? , nortearam a reflexão de aspectos importantes para se repensar a solidariedade a partir do documento "O Tempo da Esperança", elaborado pelo Instituto de Espiritualidade Agostiniana, de Roma, que propõe elementos para a renovação da vida religiosa agostiniana após a pandemia de Coronavírus. 

Para a Irmã Ana Paula, a pandemia revelou uma realidade de vulnerabilidades que já eram gritantes e que estão ainda mais agravadas. Situações que víamos com certa normalidade. "A pandemia, de alguma forma, joga uma luz muito forte sobre as desigualdades, e nos faz repensar a nossa solidariedade sob outro viés". Lembrou ainda, que é precisamos pensar em uma economia que integre os pobres. E que o mercado não pode sobrepor à vida. "É um momento para repensar tudo. A grande casa comum onde estamos, uma ecologia que inclua os pobres". Ressaltou que há milhões de pessoas vulneráveis invisíveis para a sociedade e, citando a nova encíclica do Papa Francisco, Fratelli Tutti, disse que precisamos pensar em uma solidariedade que seja muito mais que alguns gestos de generosidades esporádicas, mas como algo que emancipe o sujeito, que dê oportunidades, que o faça se perceber como indivíduo.

O Frei Paulo Cintra ressaltou que os pobres não são bem aceitos e nem bem quistos na sociedade e que, enquanto cristãos, precisamos agir diferente. Que este momento que estamos vivendo, em que se agravam ainda mais os problemas sociais que já tínhamos, é oportuno para repensarmos a nossa ação coletiva. "As pessoas não são pobres porque Deus quis, mas porque foram empobrecidas. Roubadas de suas condições dignas. Se não temos todos vida em abundância, a vinda de Jesus não se completou."

Também comentou um dado desconcertante: 26 pessoas no mundo concentram a riqueza de metade da população mundial - 4 bilhões de pessoas. E que no Brasil, 40 milhões de pessoas sobreviviam, em 2019, com menos de R$ 400,00 por mês. "A economia concentra riqueza, não distribui. Por isso temos pessoas tão fragilizadas e vulneráveis assim." E completou dizendo que a riqueza existe, o que não existe é justiça social.  

O Frei Tailer Ferreira, que mediou a conversa durante a transmissão, falou sobre a importância de se fazer o exercício contínuo de repensar a solidariedade e a forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta. E citou a Encíclica Fratelli Tutti, nº 178: "pensar nos que ão de vir não tem utilidade para fins eleitorais, mas é o que exige uma justiça autêntica". Deixando uma provocação sobre justiça social, neste período pré-eleitoral. 

- Leitura Orante: REPENSAR-A-SOLIDARIEDADE-Leitura-Orante-Mt-25-31-46.pdf

- Confira como foi esta conversa:

24 out
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