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Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero

Sacerdotes com o coração de Cristo

A Igreja, em todo o mundo, celebra este ano, o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, em 19 de junho. A data foi instituída por São João Paulo II, em 1995, com o objetivo de encorajar os sacerdotes a refletir sobre a importância e a dignidade de sua vocação. Oportunidade também para cada fiel rezar pelos sacerdotes, que estão sempre em missão, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo. No mesmo dia, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus .

Em mensagem enviada aos presbíteros em 4 de agosto de 2019, por ocasião do 160º aniversário de morte de Santo Cura D'Ars, intitulada Sacerdotes com o coração de Cristo, o Papa Francisco agradece pelo generoso serviço à Igreja e encoraja os sacerdotes a abraçar a vocação com amor. "Para que o sacerdote seja configurado ao Coração de Cristo, é necessário que o ponto firme da sua vida quotidiana e o fundamento da sua estrutura humana e espiritual sejam constituídos pelo húmus interior da profunda amizade pessoal com o Senhor, a partir da qual a gestão da própria vida, o celibato e a missão apostólica possam ser psicologicamente aceitáveis e espiritualmente fecundos" afirmou o Papa Francisco.

A Congregação para o Clero propõe cinco breves tópicos de reflexão, do Magistério do Papa Francisco:

GRATIDÃO

Um coração agradecido. Ser Sacerdote segundo o Coração de Cristo significa revestir-se d’Ele até ao ponto de ter os seus mesmos sentimentos. Entre tantas virtudes, o Coração de Jesus está aberto à gratidão. Por isso, a gratidão é uma qualidade especificamente cristã e deve pertencer ao modo de ser do pastor. O Sacerdote é assimilado ao Coração de Cristo de modo especial na celebração eucarística, que une ao sacrifício de amor do Senhor pelo seu Povo. Ao mesmo tempo, o Papa Francisco deu com frequência voz ao sentimento de gratidão do Povo de Deus em relação aos presbíteros, pelo generoso serviço e pela oferta da sua existência.

MISERICÓRDIA

Um coração misericordioso. Quando Jesus atravessa as aldeias e as cidades, passa curando e fazendo bem a todos os que estão prisioneiros do mal (cf. At 10,38). Jesus não tem medo de se contaminar com a fragilidade humana, mas, antes, desce aos abismos da fragilidade humana e do pecado, para revelar o Coração misericordioso do Pai que levanta das quedas cada um dos seus filhos e os chama à alegria do perdão. O nome de Deus que Jesus revela é “misericórdia”. Na Homilia da Santa Missa do encerramento do Jubileu da Misericórdia, o Santo Padre afirmou que “a verdadeira porta da misericórdia é o Coração de Cristo”.


COMPAIXÃO

Um coração compassivo. Aos Sacerdotes, ministros de Cristo, pede-se um coração compassivo, que se exprime na proximidade, na participação real e integral nos sofrimentos e nos trabalhos das pessoas, na capacidade de relações que reacendem a esperança, na cura das feridas do Povo, de modo especial através da mediação da graça sacramental.

VIGILÂNCIA

Um coração vigilante. O dom do Espírito Santo que, mesmo no meio dos compromissos diários e das obscuridades do tempo presente, nos faz discernir a presença do Senhor, nos torna atentos à sua Palavra, nos faz operosos na caridade de modo que não se esgote o azeite na lâmpada da nossa vida e, como as virgens prudentes, vamos ao encontro do Esposo que vem. Desafiemos a rotina, abramos bem os olhos e os ouvidos, e sobretudo o coração, para nos deixarmos desligar daquilo que sucede ao nosso redor e pelo grito da palavra viva e eficaz do Ressuscitado. É necessário deixar-se “despertar” sempre pela Palavra do Senhor e pelo grito do Povo de Deus.

 

CORAGEM

Um coração corajoso. Contemplando o Coração de Jesus, podemos captar os dois vínculos fundamentais, a partir dos quais Ele vive a sua missão: o Pai Celeste e o povo. O Sacerdote segundo o Coração de Cristo é aquele que “habita” entre o Senhor a quem consagrou a vida e o povo que foi chamado a servir; ele poderá viver uma frutuosa caridade pastoral, na medida em que nele não se apagar a vida interior, a oração pessoal e comunitária e o deixar-se guiar no acompanhamento espiritual. Um ministro corajoso é um ministro sempre em saída.

 

 Leia aqui, na íntegra, a Carta do Papa Francisco que inspirou esta reflexão.

ORAÇÃO

Senhor, pelo amor infinito que tendes à vossa Igreja, humildemente vos suplicamos que santifique nossos irmãos presbíteros. Hoje, mais do que nunca, precisamos de santos sacerdotes, que nos façam sentir necessidade de vós e saudades do céu. Revivei neles, mais uma vez, com a vossa palavra, com as vossas virtudes, com vosso coração. Partilhai com eles o vosso amor à cruz, para que sejam pobres e humildes como vós, puros como a hóstia que seguram, e fortes como os mártires  de todos os tempos. Tornai-os vossos íntimos e confidentes, de tal modo que aproximando- nos deles, possamos reconhecer-vos, rever a vossa mansidão nos trabalhos de seu ministério e regozijar-nos novamente com a vossa santa bondade em cada gesto de sua pessoa. Em troca de tão grande favor, prometendo-vos cumprir mais fielmente vossa santa vontade e, sobretudo, abraçar todo dia, com amor, a cruz que vós nos ofereceis, pedimos-vos: escutai-nos Senhor. (São João Paulo II)
Fonte da oração:  Devocionário Vocacional.

19 jun
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