Projeto Museu Virtual: qual é a história que você quer eternizar?
O projeto Museu virtual, desenvolvido com as turmas de 3º ano do Ensino Fundamental, permitiu aos alunos uma experiência inédita, interessante e que surpreendeu a todos.
Para construir o trabalho, foi pedido que cada criança fizesse, com a ajuda de um adulto, o registro de sua história de vida desde o nascimento. Depois, escolhesse três fotos ou objetos que consideravam importantes por ter marcado algum momento significativo da sua vida, para eternizar no Museu Virtual.
O projeto, idealizado pela professora de História, Lucimei Diniz, ofereceu aos alunos a oportunidade de construir e ver a sua história eternizada e reconhecida como fonte histórica; compreender e vivenciar a importância de cada história de vida, como fonte de aprendizado sobre si mesmo e sobre o outro; e ainda aprender a perceber o outro também como parte da sua história de vida, respeitando suas diferenças.
A Tecnologia Educacional a serviço da história
Considerando que, nos dias de hoje, as novas tecnologias fazem parte do cotidiano das crianças, o projeto contou com o apoio do setor de Tecnologia Educacional do Colégio, que disponibilizou os recursos necessários para a organização e o registro dos fatos históricos de cada um de maneira interativa.
Por meio de QR Codes, os visitantes do Museu puderam visualizar as fotos e ou objetos escolhidos pelo aluno, com legenda e, ainda, um vídeo contando as razões da sua escolha.
O trabalho mostrou também uma música e um cartão postal de algum patrimônio histórico de Belo Horizonte, que os alunos conheceram no city tour que realizaram pela cidade, durante o estudo das fontes históricas.
Um olhar para o passado, o presente e o futuro
“ Nosso grande objetivo foi oferecer ao aluno a possibilidade de se perceber como sujeito, que tem um papel na história. Compreender que, se ele está aqui hoje é porque houve um passado e que sua história de vida está ligada a ele. Além disso, o museu propôs também um olhar para o futuro. Os alunos compreenderam que o que se faz hoje tem reflexo no amanhã e que, por isso, é importante se perguntar sobre que tipo de cidadão cada um quer ser na Belo Horizonte do amanhã”, disse a professora Lucimei.
Ela observa também que a participação das famílias foi muito importante para que tudo saísse conforme o planejado. “Os pais compraram a ideia, se envolveram e colaboraram, percebendo o quanto seus filhos são sujeitos de suas escolhas, capazes de saber o que é ou não importante para eles”.
Para a professora, outro ponto a ser destacado foi que o trabalho mostrou as diferenças, sem que ninguém julgasse a importância ou não da escolha do outro. “Se para um o mais importante foi o nascimento de um cachorrinho, para o outro foi ver um golfinho, durante uma viagem em família. Tudo isso foi mostrado sem julgamentos”, afirma.
O que dizem os alunos
A aluna Lorena Batista Vilela, da Turma G, escolheu mostrar uma foto do nascimento da irmã, 03 anos mais nova do que ela. “No início fiquei com vergonha, mas depois achei que foi melhor do que eu esperava, porque conseguimos mostrar fontes históricas da nossa vida para outras pessoas”.
Sua colega Manuela Amorim escolheu apresentar uma foto em que ela aparece fazendo o convite do seu último aniversário, de 09 anos. Ela achou importante participar do trabalho porque acredita que ele ficará eternizado e que seus filhos, seus netos e até seus bisnetos poderão tomar conhecimento das escolhas que ela fez hoje.
Já o aluno Artur Castro, da mesma turma, gostou de participar do trabalho porque pode saber mais sobre a história de vida dos seus colegas. Ele, que hoje tem 9 anos, escolheu mostrar a foto de quando era bebê, com os irmãos mais velhos, de 13 e 18 anos de idade.
A contribuição das famílias
Para Gisele Santos Nunes, mãe da Mariana Santos Nuvens, da turma A, o projeto foi diferente e interessante porque ensinou as crianças a valorizarem a história da cidade e a relação delas com suas famílias. Além disso, a atividade envolveu também os pais, que se reuniram para ajudar na escolha das fotos e dos objetos.
Daniele Fraga, mãe do Lucas Fraga, também da turma A, achou a proposta muito criativa. “Para mim, o resultado foi surpreendente e emocionante. Adorei a ideia do QR Code!”.
José Renato, pai da aluna Ana Clara, disse que também se surpreendeu com a proposta e com o resultado final. Especialmente sobre a escolha da filha, ele disse ter gostado de ver que Ana Clara mostrou fatos relacionados tanto à família do pai, quanto à família da mãe.
Conheça você também o Museu virtual das turmas do 3º ano do Ensino Fundamental, clicando aqui.